Tristeza

Tristeza

É que depois de um tempo a tristeza aparece diferente, mesmo que quase sempre venha acompanhada de outros sentimentos desagradáveis, ela começa a fazer sentido. Surpreendentemente, agora ela vem como uma companhia nostálgica, uma velha amiga que vem visitar.

Ela vem pra dizer que algo falta, que ainda há muito o que se aprender com a vida que habita dentro de você, e na forma como a coloca pra fora. Mansamente, a tristeza bate na porta, e o que se pode fazer além de deixa-la entrar?

No momento em que ela entra vai logo te envolvendo, te dá um abraço carinhoso, te coloca num aconchegante momento letárgico e diz que sua intenção nunca foi outra que não fosse restabelecer a paz. Diz que gostaria de um momento da sua atenção, para que sem o véu da alegria você pudesse enxergar melhor seu caminho.

Um pouco ressentida com o fato de estar sempre sendo evitada, vem dizer que mesmo não sendo a melhor das companhias sua intenção é ajudar, é tirar um “bucadinho” a mais da sua ilusão, oferecer uma pausa pra reflexão e uma forma de tentar fazer com que você aprenda a adiar sua próxima visita.

“É pra isso que estou aqui!” – ela diz muitas vezes sem ser ouvida – “Para dar significado e suporte para a alegria, para que a cada dia que passe você se torne mais forte, e ela não precise ir embora com tanta frequência.”

Mal interpretada como os vilões, sua história não é contada, e sua função não é entendida. Mas, depois de tudo, é a partir dela que se tem esclarecimento e que se encontra sabedoria para lidar com a repetição de algo. As vezes é amedrontadora e te faz sentir coisas que normalmente não sentiria, da medo de se perder na sua companhia nublada, mas há quem tenha aprendido a percorre-la amigavelmente, depois que se entende que através dela se pode crescer.

Andréia Ribeiro Lemos

Psicóloga CRP: 01/20735

https://interiorizandoavida.blogspot.com/

 

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