Mas que palavra é essa que sozinha consegue dizer tanta coisa?
Uma palavra abstrata que expressa algo que para nós é tão concreto, como a distância ou a ausência que sentimos de algo ou de alguém.
Sentir saudade é sentir falta do que já não se tem ou que possa estar longe. Difícil de descrever e tão fácil de sentir. Somente o fato de estarmos distante de quem amamos, de deixar de ter ou fazer coisas que tínhamos o costume de fazer, é o bastante para aflorar esse sentimento tão único, que no Brasil ganhou uma data para ser celebrada, 30 de janeiro.
É a saudade que nos mostra a importância e o valor das pessoas que nos cercam, como nossos amigos, familiares, namorado (a).
O período do romantismo pode ter contribuído muito para o surgimento dessa palavra. Dizem que foi durante o Brasil-Colônia, quando os colonizadores portugueses, sentindo falta dos seus parentes e amigos deixados do outro lado do oceano Atlântico se viram envolvidos em um sentimentos de angústia, melancolia, tristeza e ausência causada pela lembrança dos seus entes que ficaram.
Em uma entrevista ao G1.com, realizada em 23/12/2016, o filósofo Mario Sergio Cortella faz uma reflexão sobre a saudade:
“É um sentimento magnífico de algo que só nós humanos temos, naquilo que a gente conhece, que é a possibilidade de olhar nosso passado. Recordar, olhar para trás e pensar. ‘Poxa, eu já tive isso, vivi isso, seria bom que agora estivesse aqui.’É sempre algo que marca o caminho”, completa.
Cortella se opõe a expressão “matar a saudade” e, em tom de brincadeira, afirma que há “um pouco de crueldade” nesta frase. “Eu não quero que ela faleça, quero que ela persista. Não quero que seja o tempo todo e nem que ela doa, mas quero que ela venha de vez em quando me visitar, mesmo que eu esteja distraído”, ressalta.
Comecei esse texto perguntando:
“Mas que palavra é essa que sozinha consegue dizer tanta coisa?”
Essa palavra é saudade. Ela é mágica. É humana. É única. É tudo o que passamos e tudo o que vivemos.
“A saudade me leva a momentos em minha vida, que eu não quero esquecer. Alguns foram tristes e outros felizes. Mas foram meus momentos. Fazem parte de mim. Não quero que sejam apagados. Porque se o que levamos dessa vida são nossas lembranças e são elas que nos dão tanta saudade, então se não tenho saudade eu não tive nada para lembrar e ninguém para lembrar de mim.” Katia Marques
Leia nossa indicação e post “Animais de Estimação – amor que cura e que salva”
Siga nosso insta @PensarBemViverBem