Psicanálise

Psicanálise

Mario Sergio Cortella e um de seus excelentes textos sobre “Psicanálise”.

Se a Filosofia está acostumada a ser chamada de não ciência, a Psicanálise, desde os trabalhos desenvolvidos por Sigmund Freud, no final do século XIX, vem correndo em direção ao mundo contemporâneo e pode ajudar muitas pessoas. Ainda assim, a Psicanálise é objeto de controvérsia.

A Filosofia já habituou a não ser colocada no rol da ciência, por conta até da percepção experimenta e matematizada, mas Psicanálise cada vez mais vem sendo colocada em xeque. Vem sendo discutida em relação aos seus estatutos: se ela se aproxima de fato do campo da ciência, se ela se envolve como uma área admitida pela psiquiatria no ramo da medicina, se ela tem um estatuto epistemológico, isto é, científico, que possa ser sólido. E não é uma coisa tão fácil.

Karl Popper, um estudioso de Filosofia da Ciência da nossa história, chamava a Psicanálise de pseudociência, e ele o dizia por imaginar que ela não podia ser submetida a um critério, que para ele é decisivo: poder ser falseada. Soa ser meio estranho que se possa comprovar algo pelo falseamento, mas Popper levantava esse modo de ver se uma ciência era sólida. Quanto mais se tentasse falseá-la e não se conseguisse, seria sinal de que ela era sólida. E ele dizia que os princípios da psicanálise não admitiam isso.

Até piada foi feita. Um médico brasileiro, já falecido, chamado Walter Benevides, no livro Visitas de médico, dizia, com ironia: “Foi realmente injusto não terem dado a Freud um Prêmio Nobel da Literatura”.

É polêmico.

Mario Sergio Cortella

 

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Mario Sergio Cortella é um filósofo, escritor, educador, palestrante e professor universitário brasileiro mais conhecido por divulgar questões sociais ligadas à filosofia na sociedade contemporânea.

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