Parcimônia

Parcimônia

Mario Sergio Cortella e um de seus excelentes textos sobre “Parcimônia”.

Ficar na medida certa, evitar o exagero. A palavra “parcimônia” tem um lugar muito importante na área da pesquisa científica, porque parte da metodologia de investigação tem os seus princípios na parcimônia, que se refere a capacidade de diminuir o uso de recursos que não sejam necessários, não colocar hipótese além, daquilo que seria cabível, não ultrapassar os instrumentos que utiliza pra determinados tipos de investigação.

Parcimônia é a capacidade de não exagerar. E não se aplica só à Ciência. Há momentos na vida quando, por exemplo, estamos em comemorações, eventos, que a parcimônia em relação à brincadeira, à comida, ao consumo de bebida alcoólica, tem de estar presente.

Até filósofos se envolveram nesta questão. O pensador do século XVI, Michel de Montaigne, em seu clássico Ensaios, escreveu algo que tem tudo a ver com parcimônia: “Se a dor de cabeça nos chegasse antes da embriaguez, nós iríamos nos guardar de beber em excesso”.

Essa percepção filosófica ajuda entender o que é parcimônia. Por quê? Para a parcimônia existir é preciso que haja sinais. Um desses sinais, no caso, da ingestão excessiva de álcool, vem depois, e, se viesse antes, ajudaria bem.

Temos mesmo que usar a consciência para podermos ser parcimoniosos, inclusive na alegria da comemoração.

Mario Sergio Cortella

 

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Mario Sergio Cortella é um filósofo, escritor, educador, palestrante e professor universitário brasileiro mais conhecido por divulgar questões sociais ligadas à filosofia na sociedade contemporânea.

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