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1.estado emocional complexo que envolve um sentimento penoso provocado em relação a uma pessoa de que se pretende o amor exclusivo; receio de que o ente amado dedique seu afeto a outrem; zelo (mais us. no pl.).
Sentimento esse que acompanha o homem desde o início dos tempos. Várias são as passagens bíblicas que o citam. Tão grande é seu poder que pode causar um desassossego sombrio no interior de uma pessoa.
Shakespeare chamou o ciúme de ‘Monstro dos olhos verdes’.
Em português, deriva do grego ‘zelus’. ‘Zelumen’ no latim.
No século XIV Santo Agostinho disse: “Qui non zelat non amat” (Quem não sente ciúmes não ama).
É importante não confundir zelar por alguém, em sentir ciúmes de alguém. Porque quem zela, cuida, protege. Zelar é estar muito mais preocupado com o bem estar do outro do que o de si mesmo. Enquanto o ciúme, causa amargura, sofrimento e desconfiança, juntamente como o medo de ser traído e abandonado.
O ciúme pode virar um transtorno, indo do leve, ao moderado ou grave. E com a necessidade de ser tratado a partir do momento que incomoda a pessoa que o sente e o outro. O caso patológico, ocorre quando a pessoa ciumenta apresenta delírios de que está sendo traída pelo seu parceiro, acreditando fielmente em situações criadas apenas em sua mente.
O ciúme é possessivo. Ele controla e aprisiona. Muitas pessoas abandonam amizades, hábitos e chegam a renunciar ao emprego devido ao ciúme de seu parceiro. É um sentimento que pode vir acompanhado de violência verbal e até mesmo física. Além de uma total perda de privacidade, como ter suas bolsas e celulares vasculhados. E exigentes explicações de qualquer tipo de situação que a pessoa ciumenta julgue suspeita.
É fundamental entender e aceitar que o ciúme é um sentimento de total responsabilidade da pessoa que o sente. Seu parceiro não é culpado pelo seu ciúme, pela sua insegurança.
Cabe a cada um analisar a sua vida, seu relacionamento.
Conversar com seu parceiro é uma boa saída para começar a resolver o problema. Caso isso não dê certo se propõe intervenções psicológicas. A psicoterapia é de importante ajuda nas questões emocionais.
Mas seja qual for o motivo de todo esse ciúme, é importante saber que a origem dele está nas escolhas de cada um.
No livro ‘Pensar bem nos faz bem!’ Editora Vozes – Mario Sergio Cortella diz:
“Quem não gosta de gente que zela pelas nossas coisas? (…). Mas temos que lembrar que a palavra “zelo”, originalmente no grego, significa ciúme, que algumas vezes encontra terreno na posse obsessiva. Ser ciumento é diferente de ser zeloso. Uma pessoa zelosa é aquela que cuida, mas não é aquela que esconde, que impede que o outro se aproxime, que impede que as outras pessoas tenham a condição de partilha.
Zelar por algo é fazer com que a integridade – de uma ideia, de um objeto, de uma pessoa, de um lugar – seja preservada, mantida inteira e, portanto, não tenha rachaduras, nem ameaças”.
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