Hierarquia e brincadeira

Hierarquia e brincadeira

Mario Sergio Cortella e um de seus excelentes textos sobre “Hierarquia e brincadeira”.

Muitas vezes se imagina que a existência de hierarquia veda a relação de convivência, com possibilidade de afeto ou até de leveza naquela condição. Chefiar, ser um professor ou uma professora, pai  ou mãe, dificultaria, pensam alguns, a possibilidade de se diminuir o peso que a hierarquia coloca.

Ora, existem hierarquizações negativas, que exacerbam o uso do poder e tornam-se até despóticas. No entanto, a hierarquia tem a finalidade de organizar, de dar uma uma ordem a uma estrutura em que se estabeleça uma linha de gestão e comando, de modo a facilitar a atividade que está sendo feita. Por exemplo, numa sala de aula há uma hierarquia.

Todavia, essa hierarquia requer um cuidado para evitar que a brincadeira estabeleça uma falsa relação de intimidade.

O escritor francês Honoré de Balzac dizia que: “Os grandes sempre erram ao brincar com seus inferiores”. Claro que ele fala de grande no sentido de superior, aquele que está acima na questão do mando.

Toda vez que o grande brinca com o inferior, o jogo pressupõe igualdade e, na relação de hierarquia, a igualdade é só de dignidade – não é uma igualdade de autoridade, nem de posição, nem de responsabilidade -, então, é preciso, sim, acautelar-se.

 

Mario Sergio Cortella

 

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Mario Sergio Cortella é um filósofo, escritor, educador, palestrante e professor universitário brasileiro mais conhecido por divulgar questões sociais ligadas à filosofia na sociedade contemporânea.

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