Era-Pré-Socrática Parte V: Quem foi Pitágoras

Era-Pré-Socrática Parte V: Quem foi Pitágoras

 

“O princípio de tudo é o número”. 

Ele próprio acreditava que sua conclusão não havia surgido do pensamento lógico, mas de uma iluminação. Filósofo e matemático. Pitágoras também era considerado um líder espiritual. Talvez sua beleza tenha ajudado na fama. Pitágoras, conta-se, era lindo de morrer. Seus discípulos desconfiavam que ele era, na verdade, o Deus Apolo. Certo dia, segundo reza a lenda, alguns que o viram nu disseram que sua coxa era feita de ouro.

Na verdade, Pitágoras foi tão mago quanto filósofo, e teria se sentido mais a vontade em Hogwarts do que em qualquer departamento acadêmico moderno. Ele ensinava aos seus seguidores a acreditarem na reencarnação, e alegava poder se lembrar de suas vidas passadas e as de seus alunos. De acordo com sua crença, seus seguidores se recusavam a comer carne, afirmando que “todos os seres animados são parentes, pertencentes a uma família”

Aos 40 anos, o filósofo-matemático saiu da cidade natal na Ilha de Samos e foi para Crotona, na Itália, onde fundou uma seita. Os alunos da escola pitagórica, cerca de 300, viviam em comunidades e passavam os dia estudando as teorias do filósofo. Os candidatos eram automaticamente recusados, depois, secretamente observados por vários anos, para ver como se comportavam. Os que eram aceitos tinham que fazer um juramento de silêncio, por cinco anos, e abriam mão de tudo que possuíssem. Se você deixasse o culto ou revelasse seus segredos, os outros membros o ignoravam como se você tivesse morrido e até “erguiam” um túmulo em seu nome.

Ele se achava. Dizia que ficara 200 anos no inferno antes de chegar aos homens, em uma longa preparação para chegar ao reinos dos mortais. Suas teses tinham valor de dogmas – poucos tinham permissão para questioná-lo. Sua principal teoria era baseada nos números. Enquanto filósofos de Mileto acreditavam que a causa de tudo era um elemento físico ou o infinito de Anaximandro, o pensador defendia que os números eram o motivo e o princípio de tudo. Até os cosmos poderiam ser quantificado de acordo com a teoria pitagórica. Mas os números de Pitágoras eram diferentes dos nossos algarismos. Não eram abstratos e ocupavam uma dimensão espacial, em formas de quadrados e triângulos.

Outra ideia badalada do pensador foi a da “música cósmica”. Para Pitágoras, os astros tocavam uma melodia perfeita e divina durante seu movimento. Mortais não seriam capazes de ouvir a tal canção porque os sons contínuos passam despercebidos pelos nossos sentidos.

A seita pitagórica não teve um final feliz. Cidadãos de Crotona se revoltaram contra a comunidade, considerada uma panelinha aristocrática. Os revoltosos mataram seguidores de Pitágoras, que acabou fugindo da cidade e se refugiou em Metaponto, onde morreu pouco tempo depois.

Todas essas histórias podem ser ouvidas com o pé bem atrás (estudiosos não têm certeza se Pitágoras realmente existiu), mas, seja mito ou figura histórica, Pitágoras certamente inspirou uma escola de seguidores que praticavam sua filosofia como modo de vida.

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