É real ou é só medo ?

É real ou é só medo ?

Eu sei que é uma questão complicada falar sobre medos, não é simplesmente virar pra alguém e dizer a ela ei não sinta isso, não pense assim, não tenha medos por essas questões ou seus medos não fazem sentido, não é isso que vai ajudar quem está sentindo.

Eu sei que não ajuda, já tentaram me explicar de muitas formas que eu deveria sentir algo de forma diferente ou fazer algo de forma diferente, mas as vezes a gente só entende mesmo na prática que alguns dos nossos medos são um tanto infundados, mas isso só quando a gente se convence que precisa encara-los e não nenhuma outra pessoa de fora, não adianta forçar e explicar de mil formas diferentes se a gente não estiver pronto pra isso.

É preciso uma certa base que as vezes a gente  ainda não tem, uma certa maturidade que talvez só venha com a experiencia, que talvez só venha quando estivermos prontos o suficiente pra encarar nossos medos de outras formas, é engraçado que quando isso acontece a gente percebe o quanto se desgastou com coisas que não eram nem metade do que a gente cogitou e deixou de dormir imaginado ser.

A gente gasta tanto tempo fazendo projeções do futuro sobre algo ou sobre alguém, a gente gasta tanto tempo com coisas que ainda nem aconteceram, a gente gasta tanto tempo com medos e sofrendo com esses medos, que acabamos não vivendo e não aprendendo nada, deixamos de aproveitar tanta coisa, de curtir momentos bons, de dizer o que se pensa, de seguir o coração, com o tempo a gente vai percebendo o quanto grande parte desses medos existem somente nessas projeções, quando começamos a arriscar, a dar uma chance pra outra voz que diz arrisca, deixa sentir, deixa viver e vai , também passamos a ver que a vida foge muito ao nosso controle e que as coisas não necessariamente acontecem como a gente achou que aconteceriam e se acontecem que não é nessa proporção toda e que caso seja nessa proporção toda que somos maiores que isso, que por mais que acreditemos  que não, que na verdade o mundo continua independente do que a gente ganha ou perde, e que nós também continuamos.

Outra coisa que passa a ser perceptível é que além de nós deixamos levar  pelos nossos próprios medos irreais também nos deixamos levar pelos medos de quem nos cerca, de quem não viveu, de quem se paralisou na vida embora ela pareça ter dado certo segundo os critérios que a sociedade aceita, de quem seguiu um manual mas não chorou muito e nem sorriu muito, nem errou o suficiente pra aprender o bastante. E  precisamos entender que cada vida é única e passa tão rápido, sua vida sempre será a sua vida, não importa o quanto as pessoas te ajudem ou te queiram bem, ainda vai ser a sua vida, é você quem vai sentir essa vida durante todos os dias até não sentir mais, porque sim não vamos estar aqui pra sempre, então qual o sentido de viver de projeções e medos seus ou dos outros ? quanto de fato de (viver) existe nisso ?

 

 

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