Dever e autenticidade

Dever e autenticidade

Mario Sergio Cortella e um de seus excelentes textos sobre “Dever e autenticidade”.

Vamos pensar um pouco sobre aquilo que está no campo do nosso dever, aquilo que nós temos que realizar com coragem, com determinação e que, do ponto de vista ético, nos leva a fazer a nossa obrigação, como pais e mães, como gestores, como funcionários, como profissionais. Aquilo que é o nosso dever.

O irlândês George Bernard Shaw, um homem extremamente importante na história do teatro, ganhou o Nobel de Literatura em 29125. Ao receber esse prêmio, decidiu abrir mão do dinheiro, porque achava que não deveria receber a homenagem; mesmo pressionado pela esposa, doou o dinheiro e não utilizou; o escritor também atuou fortemente na área acadêmica e é cofundador da London School of Economics, uma das melhores escolas, se não a melhor do mundo, na área de economia, fazendo par com a Universidade de Harvard.

Shaw dizia algo especial: “Quando está fazendo algo de que se envergonha, o idiota diz que está cumprindo um dever”.

Há pessoas que usam a palavra dever não como algo que cumprem, por terem uma obrigação clara, consciente, deliberada, mas como se fosse uma obrigação clara, consciente, deliberada, mas como se fosse uma imposição, e aí se envergonham, em vez de assumir e não fazer. Decidem que é melhor dizer que estão apenas cumprindo ordens: “Esse é o meu dever; eu, por mim, não faria, mas eu preciso fazer”.

Isso é ausência de autenticidade.

 

Mario Sergio Cortella

 

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Mario Sergio Cortella é um filósofo, escritor, educador, palestrante e professor universitário brasileiro mais conhecido por divulgar questões sociais ligadas à filosofia na sociedade contemporânea.

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