Deficiência na Terceira Idade

Deficiência na Terceira Idade

A união destes dois assuntos, ou seja, deficiência e terceira idade reafirmam a ideia de que são iguais geradas de um ponto em comum e que se manifestam na sociedade de maneira distinta. Tanto o deficiente quanto o idoso sofrem as mesmas dificuldades de participação no meio social em que estamos inseridos.

As desigualdades aparecem da mesma maneira sobre todos, mas se manifestam de acordo com a especificidade de cada grupo. Tanto a deficiência quanto o envelhecimento, são assolados pelos mesmos fatores como o individualismo, o estigma do “diferente” e a ausência de políticas que garantam a estes grupos uma efetiva participação na sociedade.

É muito comum, ao entrarmos em contato com outros indivíduos, estabelecermos pré-conceitos e enquadrá-los em categorias expressas segundo seu status social ou atributos físicos. Tomamos esta atitude quase que automaticamente, sem a percepção de que estamos agindo desta forma. Idealizamos as pessoas de acordo com as demandas afetivas, criando expectativas muitas das vezes precipitadas modelando uma identidade virtual de determinados seres. Esse ato de categorizar um sujeito faz com que deixemos de enxergá-lo como um indivíduo comum, limitando-o ao seu estigma, ou seja, as suas marcas e atributos.

Deficiência na Terceira Idade

Ser idoso no atual modelo de sociedade em que vivemos possui um valor social relacionado ao “ser jovem”. Até pouco tempo atrás, o Brasil era um país considerado jovem, visto que estes contribuíram de forma considerável no campo político e no campo profissional atribuindo aos jovens uma conotação positiva. Os jovens, de acordo com o pensamento da sociedade, possuem dentro de si aquilo que é considerado forte, ágil, belo e que pode se fazer uma relação com o progresso. A partir disto, se ser jovem representa algo positivo, ser “velho” terá uma conotação contrária, representando algo negativo que se encontra em declínio ou decadência. E nesta eleição de jovem como um valor social positivo que enxergamos uma afirmação de uma ideologia individualista. A partir deste ponto em comum estabelecido no início deste texto, é possível constatar que ser idoso e deficiente é muito mais complexo do que ser jovem e deficiente ou idoso sem deficiência, devido as suas especificidades.

Torna-se extremamente necessária uma ampla discussão sobre o fenômeno do envelhecimento e a sua relação com a questão da deficiência. Constatamos que ambas as temáticas, que foram tomadas como universo deste artigo, estão intimamente ligadas produzindo resultados que estigmatizam este seguimento populacional que apresenta limitações físicas e enfrentam o descaso de uma sociedade pautada na ideologia de que ser idoso e deficiente é sinônimo de invalidez.

É preciso desconstruir esta visão do “diferente”, que foi construída ao longo do tempo sobre o envelhecimento e a deficiência, e promover ações que estimulem a inserção e participação destes indivíduos na sociedade, além de uma maior preocupação da população e principalmente do Poder Público, de garantir
acessibilidade a estes seres sociais.

 

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