Conheça a história de 5 sanguinários Parte II : Quem foi Idi Amin Dada

Conheça a história de 5 sanguinários Parte II : Quem foi Idi Amin Dada

“O senhor do terror, o carniceiro da África”

Idi Amin era um homem enorme, tinha 1m 90 de altura e pesava 110 quilos, mas mal sabia ler e escrever. Um pugilista campeão e soldado profissional até a médula, Amin fez sua ascensão no exército colonial britânico para se tornar chefe do exército pessoal do primeiro presidente eleito da Uganda, Milton Obote. Amin era geralmente considerado um bruto jovial, excessivamente pouco imaginativo para ser considerado uma ameaça. Como vinha de uma tribo insignificante, simplesmente não tinha ligações necessárias para causar muitos problemas.

Idi Amin Dada Oumme, nasceu em Koboko, uma pequena aldeia de camponeses muçulmanos. Desconhece-se a data precisa de seu nascimento. Algumas fontes a situam entre 1923 e 1925, outras apontam o dia 1° de janeiro de 1925.

Ex-campeão de boxe, Amin se juntara ao exército colonial King’s African Rifles em 1946 como ajudante de cozinha, antes de se alistar a infantaria e subir de posição, provando seu desejo de triunfar a qualquer custo moral durante brutais campanha militares no Quênia e na Somália.

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Em janeiro de 1971, Amin subiu ao poder através de um golpe de Estado, precisamente quando o presidente Obote estava a pensar livrar-se dele. Imediatamente, Amin fez uma purga no exército, que formava o núcleo de apoio de Obote, mandando matar 10.000, num exército que aos olhos não era muito grande. Ao mesmo tempo, os que sobreviveram foram substituídos por homens da tribo sudanesa recrutados no norte da Uganda e para lá da fronteira, em territórios mais próximos do seu próprio povo.

Logo após o golpe de Estado, Amin prometeu eleições livres. Amim se declarou presidente de sua nação e acabou se autointitulando “Sua Excelência, Presidente Vitalício, Marechal de Campo Al Hadji dr. Idi Amin Dada, Conquistador do Império Britânico na África em geral e em Uganda em particular”. Amin também se referia a si mesmo notoriamente como o “Senhor de todas as Bestas da Terra e dos Peixes do Mar”.

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Em 1972, Amin expulsou 70.000 Ugandenses descendentes de asiáticos (indianos em sua maioria) e confiscou-lhes os bens. Embora tenha sido uma medida popular e temporariamente lucrativa, destruiu a economia do país.

Amin era conhecido por mandar Ugandenses brancos carregá-lo num trono e ajoelharem diante dele enquanto fotógrafos dos jornais capturavam a cena para que o mundo visse. Ele elogiava como Hitler tratou os judeus, ameçar guerrear com Israel, insultou outros líderes mundiais, e torcia o nariz para os antigos supervisores coloniais da Uganda ao oferecer se tornar Rei da Escócia e liderar os escoceses na sua independência legítima da Inglaterra. Ele se aliou ao ditador Líbio Muammar Kadaffi e tinha apoio da União Soviética.

Amin reinou através do terror, e seu regime foi responsável por mandar matar inimigos políticos e étnicos, tanto os reais como os imaginários, num massacre horripilante que tirou a vida de cerca de quinhentos mil ugandenses. Circulavam também rumores de Amin ser um canibal que consumia os órgãos de suas vítimas. Muitos ugandenses acusavam-no de manter cabeças decepadas em uma geladeira e de alimentar crocodilos com cadáveres de seus opositores.

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Seu reinado de horror durou até 1979, quando o líder por ele derrubado Milton Obote, exilado na Tanzânia, convocou um ataque, e no dia 11 de Abril de 1979, o ditador foi derrubado.

Abandonou então o país e fugiu para a Líbia, mas teve de procurar um novo refúgio quando o ditador líbio Muammar al-Gaddafi o expulsou do país. Recebeu asilo da Arábia Saudita em nome da caridade islâmica, onde passou a viver até o fim de sua vida, acompanhado pelas suas quatro esposas e seus mais de 50 filhos. Quando o seu estado de saúde se agravou, em julho, uma de suas quatro mulheres pediu para voltar a Uganda para morrer, mas o atual governo negou o pedido, sob o argumento que se retornasse ao país seria julgado pelas suas atrocidades.

O ditador morreu com mais de 80 anos devido a falência múltipla dos órgãos. Foi enterrado na Arábia Saudita no sábado, 16 de agosto de 2003. Os ugandenses reagiram com uma mistura de alívio com a morte de um tirano e a nostalgia por um líder que muitos aplaudiram por expulsar asiáticos que dominavam a vida econômica.

 

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