Caminhada

Caminhada

Para nós, vagabundo é o preguiçoso, aquele que não quer trabalhar, mas, na origem, vagamundo (que depois gerou para nós a palavra “vagabundo”) era aquele que saía caminhando, num passeio mais livre.

 

Um dia, Mario Quintana (1906-1994) poetou em uma obra com título ótimo, Sapato florido: “Ah, não há nada como um pé depois do outro”.

Uma das coisas que nós humanos, apreciamos é caminhar. O francês tem uma expressão muito bonita para isso: promenade. Sair para um passeio, dar uma caminhada, a ideia de poder andar sem necessidade de se chegar a um destino específico. É claro que o caminhar como passeio é aquele sem necessidade, em que se vai parando, observando coisas.

É muito agradável poder, em um final de semana, em uma noite, onde haja segurança, sair caminhando, parar para ver formiga trabalhar, ver um pássaro cantar numa árvore, observar como uma flor está crescendo.

Algo extremamente romântico e, nem por isso, tolo. Ao contrário, a possibilidade do andar um pouco sem rumo, sem um lugar obrigatório ao qual se deva chegar, refresca o espírito areja a mente.

Não é só por conta da saúde, da necessidade, mas do prazer, como disse Quintana: “Ah, nada como um pé depois do outro”, andando, ao léu, com alegria e refrescamento mental.

Texto escrito pelo…

Mario Sergio Cortella

 

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Mario Sergio Cortella é um filósofo, escritor, educador, palestrante e professor universitário brasileiro mais conhecido por divulgar questões sociais ligadas à filosofia na sociedade contemporânea.

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