Um dos símbolos mais populares das celebrações natalinas é a árvore de Natal. E o pinheiro foi o escolhido por simbolizar a vida, por ser uma das poucas árvores que sempre se mantém verde, mesmo durante o inverno, quando a maioria das árvores perdem as folhas.
Os povos antigos acreditavam que o sol era um deus, e que o inverno vinha todos os anos porque o deus sol se tornava doente e fraco. E decorar suas casas com ramos verdes, os faziam recordar de todas as plantas que cresciam, quando o deus sol se tornava forte novamente e a primavera voltava.
Os antigos romanos usavam ramos e galhos para decorarem seus templos em honra a Saturno, deus da agricultura.
Mas ninguém sabe ao certo quando os ramos de pinheiro foram utilizados pela primeira vez como árvore de Natal. O primeiro uso documentado de uma árvore nas celebrações de Natal e Ano Novo foi na praça da cidade de Riga, capital da Letônia em 1510. Outro registro é uma pintura da Alemanha em 1521 que mostra uma árvore sendo levada pelas ruas, com um homem montado num cavalo atrás dela. E ainda há mais um caso documentado de uma pequena árvore em Bremen, na Alemanha em 1570. Descrita como uma árvore decorada com maçãs, nozes, tâmaras, pretzels e flores de papel, ela era exibida em uma Casa Aliança (ponto de encontro de homens de negócios, na cidade).
Segundo algumas fontes, Martinho Lutero (monge protestante, alemão e professor de teologia do século XVI) levou uma árvore decorada como na forma de hoje para dentro de uma casa. A história é que em uma noite antes do Natal, ele caminhava pela floresta e achou lindo as estrelas brilhando por entre os galhos das árvores. Em casa, disse a seus filhos que a cena lembrava Jesus que deixou as estrelas do céu para vir a Terra no Natal. Então, para reproduzir a bela cena que viu, ele levou uma árvore para casa e a enfeitou com velas.
Mas a popularização da árvore de Natal aconteceu mais intensamente em 1846, quando os membros da realeza, a rainha Victória e seu príncipe alemão Albert, foram ilustrados no jornal de Londres, com os seus filhos em torno de uma árvore de Natal. Como Victória era muito popular com seus súditos, a imagem da família real, junto a uma árvore de Natal acabou sendo seguida não só na Grã-Bretanha, mas em todos os países que falavam a língua inglesa, se espalhando para outras partes do mundo. Atualmente essa tradição é comum aos católicos, protestantes e ortodoxos.
Os dias de montar as decorações natalinas variam em cada país. Nos Estados Unidos se monta a árvore de Natal no dia de Ação de Graças (a quarta quinta-feira do mês de novembro). No Brasil é no quarto domingo antes do Natal, dia que marca o início do Advento. Já em Portugal ela é montada em 8 de dezembro, dia da Imaculada Conceição.
A data para desmontar a árvore de Natal e todas as decorações natalinas é no dia 6 de janeiro, quando comemoramos o Dia de Reis (chegada dos Três Reis Magos a Belém), encerando assim as festas de Natal.
Essa tradição chegou ao continente americano através de alguns alemãs, que vieram residir na América durante o período colonial. No Brasil, as árvores de Natal estão presentes em diversos lugares na época natalina, pois, além de decorar, simbolizam a paz, alegria e a esperança. As árvores de Natal também simbolizam a vida, pois como em dezembro, no hemisfério norte, as árvores perdem as folhas , uma árvore frondosa e cheia de enfeites é um símbolo da vida.
A questão toda é que, independente da religião, a árvore de Natal representa mais do que apenas um símbolo natalino. A cada enfeite que colocamos nela é um sonho a ser realizado, é a esperança de uma vida melhor, é um agradecimento de algo conquistado. Ela representa a família, o amor, a amizade, a fraternidade, os ideais, as conquistas, os nossos sonhos e todo um sentimento de fé. Não se trata apenas de montar a árvore e enfeita-la com bolas e lâmpadas. E sim, de entender o verdadeiro sentido que ela representa na vida de cada um de nós.
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