Mario Sergio Cortella e um de seus excelentes textos sobre “Acuidade espiritual”.
Não deixar de prestar atenção à árvore apenas porque se está olhando para o conjunto da floresta. Essa é uma definição possível para a acuidade da mente e do espírito.
Existem aqueles que veem só a floresta e não a árvore que a compõe, e outros que veem só a árvore e não enxergam o todo, a floresta. Por isso, aproximar a visão sobre aquilo que queremos pensar e estudar, e afastar-se dela para ter um ângulo mais geral é bastante importante; isso gera acuidade.
O poeta gaúcho Mario Quintana em sua obra Espelho mágico, registrou a trova: “Quantas vezes a gente, em busca da aventura, procede tal e qual o avozinho infeliz, que, em vão, por toda parte, os óculos procura tendo-os no ponta do nariz?”
Ou seja, prestar atenção também áquilo que de nós está perto.
É claro que a visão de longo alcance é importante. Mas é preciso também olhar o que está próximo a nós, para não deixarmos de ter aquilo que, sendo, eventualmente, uma ilusão de ótica, transforme-se para nós em algo mais perigoso, que é a ilusão de uma acuidade de percepção.
Mario Sergio Cortella
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Mario Sergio Cortella é um filósofo, escritor, educador, palestrante e professor universitário brasileiro mais conhecido por divulgar questões sociais ligadas à filosofia na sociedade contemporânea.
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