A Psicologia das Cores

A Psicologia das Cores

Mas afinal, o que é Psicologia das Cores?

É um estudo aprofundado sobre como o cérebro identifica as cores existentes e as transforma em sensações.

Falar sobre Psicologia das Cores é falar sobre as emoções. É uma linguagem com capacidade de provocar sentimentos de prazer, bem-estar, inquietação e vitalidade.

Muito além do marketing, muitas vezes as cores baseiam-se em experiências pessoais vindas desde a infância, em um simbolismo psicológico que a ciência sempre tentou desvendar.

Claude Monet dizia que o mundo das cores era sua obsessão diária, sua alegria e seu tormento. Se não é fácil para um artista deter a sutileza de cada tom e combinação das cores, é ainda mais árduo determinar os efeitos que provocam no ser humano e no seu comportamento.

“O que é o ser humano diante das cores do mundo? As cores do mundo são maiores do que o sentimento do homem.” Juan Ramon Jimenez

Os primeiros estudos tiveram início em 1676, quando Isaac Newton descobriu que a luz branca ao passar por um prisma, separa-se em diversas cores. Mas foi o alemão Johann Wolfgang Von Goethe que defendeu uma nova explicação para a Teoria das Cores. Segundo Von Goethe a cor não depende somente da luz e do ambiente , mas também da compreensão que temos do objeto. A identificação dos tons é subjetivo, mas os efeitos das cores são universais.

Cada cor gera uma sensação diferente nas pessoas. A Psicologia das cores reconhece oito emoções primárias nos seres humanos. A raiva, o medo, a tristeza, o nojo, a surpresa, a curiosidade, a aceitação e a alegria.

As cores quentes tendem a transmitir a sensação de energia, atividade e entusiasmo. Já as cores frias estão relacionadas com a racionalidade, a calmaria e o profissionalismo.

Para algumas pessoas as cores são vistas como pseudociência (informação que se diz baseada em fatos científicos, mas que não resulta da aplicação de métodos científicos) e se levarmos em conta, há um pouco de verdade nisso, já que as cores tem a ver com as preferências pessoais, experiências e diferenças culturais de cada um. O fascinante é que existe vários estudos explicando a reação das pessoas a determinadas cores.

Um dos livros que aborda esse assunto é “A Psicologia das Cores: como as cores afetam a emoção e a razão” , da psicóloga, socióloga e professora da Teoria da Comunicação, Eva Heller.

A Psicologia das Cores

A cor é um meio de exercer influência direta sobre a alma: a cor é a tela, o olho é o martelo e a alma é o piano com suas cordas.” Wassily Kandiski

A cor estimula nosso cérebro de maneiras diferentes. É muito mais do que uma questão de ótica. As cores tem significado próprio. Todas criam um determinado impacto no nosso cérebro. Estímulos cromáticos aumentam as vendas, exercem efeitos no mundo da arte e do cinema.

Davis Lynch é um dos diretores mais obcecados por escapar do mundo da lógica e mergulhar no mundo tênue das emoções. Ele sempre usa o contraste do preto e branco em suas produções, o que para ele simboliza a fuga do mundo real para o mundo do sonho.

Van Gogh também escolhia propositadamente certos tons para expressar seus estados emocionais, deixando as tonalidades mais vivas como o amarelo e o azul, para darem forma aos seus campos e suas noites estreladas.

“Existem coisas na cor que surgem em mim enquanto pinto, coisas que eu não sentia antes, coisas importantes e intensas.” Van Gogh

Algumas curiosidades sobre as cores:

A Psicologia das Cores

O azul é mais usada nas empresas por ser uma cor produtiva. Sugere uma sensação de segurança e confiança. É a cor da harmonia, fidelidade e simpatia e está ligada a espiritualidade e fantasia.

O vermelho é uma das cores mais utilizadas no marketing. Tem mais poder de convencimento e é usada para atrair a atenção. Representa o amor, mas também o ódio. É a cor dos reis, da alegria e do perigo. É uma cor dinâmica e sedutora que desperta o nosso lado mais agressivo.

O amarelo é uma cor que, no marketing, representa otimismo e juventude. Para os especialistas em psicologia da cor contraditória, representa o bem e o mal, o otimismo e o ciúme, a compreensão e a traição.

O verde é a cor do crescimento, da renovação e do renascimento. Ela está associada com a saúde, a natureza e a paz. Promove a resolução de problemas, traz liberdade, cura e paz.

O preto está associado com a elegância, com o secreto, o mistério e o poder. Simboliza também, o fim de algo, a morte, a perda.

O branco simboliza a inocência e pureza. Representa o início, a vontade de começar, algo novo. Traz amplitude ao ambiente, assim como uma sensação de paz, cura e tranquilidade.

O violeta é usado frequentemente em produtos de beleza. Proporciona a calma. E muitas marcas o utilizam para representar a criatividade, a imaginação e a sabedoria. Está associado com o feminino, com a magia e a espiritualidade.

O laranja está associado com o entusiasmo para fazer compras. Reflete a emoção e a cordialidade. Mas o temo de laranja intenso pode ser associado com a agressividade. Utilize um tom suave. É uma das cores preferidas no mundo da publicidade porque incentiva a compra. O laranja não só traz emoções positivas, como também gera sentimentos de “sabor”.

O marrom simboliza a terra. Quem sente atração por essa cor, demonstra sede de justiça. Silencia para observar e procura ser discreto, mas se for necessário, intervém e decide, provocando mudanças.

É possível que você não se sinta identificado com estas descrições da Psicologia das Cores. Mas é justamente porque o impacto de cada tom depende da experiência de vida de cada um. No entanto, comercialmente e artisticamente esses fundamentos podem ser muito úteis e eficazes.

A Psicologia das Cores

“Verde, preto, azul, branco, roxo, amarelo, rosa, laranja, cinza, vermelho, lilás, marrom, violeta, dourado, prata e tantas outras tonalidades… Cores representam sentimentos como a justiça, esperança, carinho, tranquilidade, felicidade, amor, confiança, paixão, paz. Representam a realidade em que vivemos e os sonhos que almejamos. Estão presentes em tudo o que nos cerca. Elas são envolventes, presentes, reais. Mas que de uma forma bem misteriosa, mexe com o interior do nosso ser, fascinando o que temos de mais íntimo, nessa bela aquarela que é a vida.” Katia Marques

 

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